O olho "bom" (ou simples,
como dizem algumas traduções) é aquele que se fixa num
único assunto. Para o crente, esse assunto, esse "tesouro",
é Cristo. As Escrituras dizem que nós O contemplamos com "o
rosto descoberto" e essa visão ilumina todo o nosso interior (2 Coríntios
3:18 e 4:6-7). Nosso coração não pode estar ao mesmo tempo
no céu e na Terra. Querer um tesouro celestial, e ao mesmo tempo, acumular
riquezas para esse mundo são duas coisas absolutamente incompatíveis.
Também é impossível servir a dois senhores (v. 24), pois
as ordens recebidas seriam por vezes conflitantes. Mas não estaríamos
expondo-nos a privações, correndo o risco de não ter o
necessário para o tempo presente, caso renunciássemos às
riquezas? O Senhor previne contra essa desculpa. "Não andeis ansiosos
pela vossa vida" (v. 25). Abramos nossos olhos, como nos pede o Senhor
Jesus. Observemos na criação os inumeráveis pequenos sinais
da assistência e da bondade do Pai celestial: os pássaros, as flores...
(Salmo 147:9).
Não, Deus nunca ficará
em dívida com os que dão prioridade aos interesses dEle, aos que,
como Maria, escolhem a boa parte (Lucas 10:42). O primeiro passo, porém,
é assumir esta opção.
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