Os Abençoados


quinta-feira, 29 de abril de 2010

A IGREJA

Quando se realiza a união entre Jesus Cristo e o pecador, estabelece-se naturalmente uma relação de fraternidade entre aqueles que estão em comunhão com Cristo. Uma reunião de crentes é, portanto, um produto da obra redentora de nosso Salvador, é a sociedade de todos aqueles que estão em direta relação com Ele próprio. Esta sociedade é designada de vária maneiras no NT; mas o seu mais importante título, o mais característico na presente idade, é o de "igreja". Ocorre para cima de cem vezes no NT. A palavra grega que está traduzida por Igreja (ecclesia), significa uma assembléia ou congregação, e por este termo se acha vertida na Bíblia de Lutero.

O Nascimento da Igreja
Quando começou a Igreja? geralmente se fala do dia de Pentecostes como sendo o do nascimento da Igreja, porque foi então que, pela primeira vez, constituíram os crentes um corpo espiritual pela presença íntima do Espírito Santo. Mas em certo sentido começou realmente a Igreja Cristã quando dois dos discípulos de João Batista, ouvindo falar o seu mestre do Cordeiro de Deus, se uniram a Jesus (Jo 1.37). E já antes havia a Igreja judaica ou congregação, por too o tempo do AT. O termo "igreja" acha-se, pela primeira vez nos lábios do Senhor, em Mt 16.18, e logo depois em Mt 18.17; e são estas as únicas ocasiões em que se menciona a palavra nos Evangelhos. E isso mostra que foi intenção de Jesus fundar uma sociedade de caráter permanente.

O Início da Igreja
Como começou a Igreja? Querendo servir-nos do dia de Pentecoste como ilustração típica, pode-se dizer que a igreja começou pela aceitação da Palavra de Deus, pregada pelo apóstolo Pedro. Deste modo ficaram os crentes unidos a Cristo, e uns aos outros Nele. A ordem precisa dos acontecimentos devia ter sido cuidadosamente observada. Cristo era pregado, depois era aceito pela fé, e em seguida pela sua influência eram os arrependidos crentes filiados à Igreja. Havia um determinado contato de cada crente com Deus, pela obra da fé, no que respeita ao homem, e pela operação do Espírito Santo no que respeita a Deus. Em seguida vinha o ato ministerial do batismo. A narrativa que se acha em At 2, dá no NT uma idéia da igreja, nas suas linhas essenciais.

Razão da Existência da Igreja
Qual a razão da existência da igreja? Geralmente, foi para glorificar a Deus (Ef 3.10; 1Pe 2.9), mas especialmente para manter a fraternidade entre os cristãos, para dar testemunho ao mundo em nome de Cristo, e para maior extensão dos princípios evangélicos. E desta forma a igreja satisfez o instinto social, e ao mesmo tempo o proveu dos meios a empregar para estabelecer o Cristianismo no mundo. E nisto está o grande valor da igreja: ao passo que cada crente se salva pela sua união com Cristo, é, também, santificado, não isoladamente, mas em associação com os outros. O lar, a escola, a aldeia, a vila, a cidade, o país, são ilustrações da vida social, que tem religiosamente a sua expressão na igreja.

O termo "igreja" acha-se no NT, em três diferentes acepções, embora estejam associadas. O mais antigo emprego da palavra refere-se aos cristãos de uma casa, ou de uma cidade, isto é, aos crentes de um só lugar. Em seguida nota-se um sentido mais vasto, significando um agregado de igrejas por certo tempo em diferentes lugares (1Co 10.32; 12.28); e alarga-se a significação do termo até ao ponto de abranger de um modo universal os cristãos de todos os tempos e de todos os lugares, constituindo o "Corpo de Cristo" (At 20.28; Ef 1.22; Cl 1.18). A igreja deve, portanto, ser encarada nos seus aspectos de vida interior e de vida exterior. Esta distinção faz-se, algumas vezes, por meio dos termos "invisível e visível", segundo é considerada a Igreja quanto à sua Cabeça espiritual, ou à sua organização terrena; ou segundo a sua vida espiritual e a sua existência temporal. A Igreja é invisível pelo que respeita ao seu Chefe Divino e à sua vida espiritual; mas é visível em relação àqueles que a formam. Os dois aspectos, se os relacionarmos, não se harmonizam sempre de um modo exato. Um homem pode pertencer à Igreja visível, sem que por esse fato pertença à Igreja invisível. Pode ser membro da sociedade exterior, sem que isso signifique que esteja espiritualmente unido a Cristo. Tendo a vida da Igreja tomado diversas formas na sua existência de 20 séculos, somente podemos aceitar como absolutamente necessário para o seu bem-estar o que se acha no NT. Importa observar que nunca se empregou o termo "igreja" no NT para significar um edifício, mas sempre em relação com o povo crente em Jesus. Um estrita exatidão nos levará a evitar a expressão "igreja de Cristo"; porquanto o singular nunca é usado. Usa-se o plural desta maneira - "igrejas de Cristo". É, também, muito importante ter em vista a idéia da igreja universal como primitivamente espiritual, sendo mais um organismo do que uma organização. É esta idéia espiritual da igreja que predomina em Efésios, e por ela devíamos ser orientados a respeito da igreja local, da universal, e do ministério. A verdadeira doutrina da igreja pode resumir-se nas bem conhecidas palavras: "Onde está Cristo, ali está a Sua igreja" e se nos perguntarem: "Onde está Cristo?" a resposta deve ser: "Cristo está onde opera o Espírito Santo, porque é somente esta força divina que realmente apresenta Cristo aos homens." E se ainda formos interrogados de outra maneira: "Onde está o ES?" a resposta é óbvia: "O ES se mostra pela Sua graça e poder nas vidas das pessoas."

Devemos ter muito cuidado em não dar valor excessivo à posição e importância da Igreja. A expressão "por meio de Cristo para a igreja" é inteiramente certa; 'da igreja para Cristo" é somente certa em parte. Nunca devemos colocar a igreja entre o pecador e o Salvador; mas se, por outro lado, exaltarmos e honrarmos a Cristo, terá sempre a igreja o seu próprio lugar, e será apreciada como deve ser.
Devemos, também, ser cuidadosos em não depreciar a posição da igreja. O cristão precisa da igreja para tudo aquilo que está relacionado com o culto - a fraternidade, a evangelização, e a edificação. Devemos cultivar a unidade da igreja e a fraternidade da maneira mais proveitosa, a fim de se realizar o propósito divino: "Para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida agora dos principados e potestades nos lugares celestiais" (Ef 3.10)

Dicionário Bíblico Universal

domingo, 25 de abril de 2010

" O DEUS DA BÍBLIA "

"Ora, ao Rei do séculos, imortal, invisivel, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém" (1 Tm 1.17)

Há muitos falsos deuses inventados pelo homem ou pelo maligno, mas o Deus da Bíblia é único, verdadeiro e soberano.

Sempre houve e sempre haverá os que costumam questionar: Quem é Deus? Alguns o fazem com sinceridade, buscando compreender a existência e a natureza do Eterno. Todavia, outros perguntam com a intenção de alimentarem sua soberba e descrença. Por esta razão, não conseguem entender a natureza transcendente do Altíssimo. Para os que aceitam a Bíblia como a sagrada fonte de inspiração e de respostas às inquietações do homem, Deus é o Ser Supremo, Criador do Universo, do Homem, e de todas as coisas.

Diacono Sergio Christino

sábado, 24 de abril de 2010

Deus quer fazer um milagre em sua vida

Freqüentemente estamos diante do que parece IMPOSSÍVEL:

Parece impossível ter amizades verdadeiras;
Parece impossível ter uma família maravilhosa;
Parece impossível ter uma vida prosperar;
Parece impossível ter uma história de sucesso;
Parece impossível encontrar uma igreja acolhedora e séria;
Parece impossível gozar de muita saúde;
Parece impossível ser verdadeiramente feliz.
Muitas vezes a vida parece ser uma sucessão de dores, decepções, fracassos, sonhos frustrados, traições, hospital, presídio, centro de tratamento, agiota, desemprego, brigas matrimoniais, filhos rebeldes, pais opressores, rua, cemitério.

Você já se sentiu derrotado, no fundo do poço, em um beco sem saída?

Você enfrentou problemas tão difíceis que humanamente falando não há solução?

Você já viveu dias que parecem sem esperança?

Tenho uma boa notícia para você. Existe ESPERANÇA.

Gn. 18: 14 – “Existe alguma coisa impossível para o SENHOR?”

A Bíblia nos ensina que a fé transforma o impossível de hoje no milagre de amanhã.

Por isso hoje vamos pensar em como

DEUS QUER FAZER UM MILAGRE EM SUA VIDA

Jesus nos ensinou que coisas maravilhosas são possíveis.

Jesus nos garantiu que é possível viver uma vida melhor.
Você deseja isso? Deseja uma vida melhor? Deseja tirar a palavra impossível do seu dicionário?

Você deseja viver uma história de sucesso e realizações?
Você deseja encontrar paz?

Você já está cansado de viver uma vida pequena, medíocre, apagada, sem brilho, sem realizações?
Você deseja abandonar vícios, restaurar relacionamentos quebrados, vencer o fracasso crônico, acertar, prosperar?

Você realmente quer mudar de vida, para melhor?
Se você deseja começar uma nova história, vamos aprender como fazer isso. Vamos, então, aprender com Jesus.

MARCOS 9.22-23
14 Quando chegaram onde estavam os outros discípulos, viram uma grande multidão ao redor deles e os mestres da lei discutindo com eles. 15 Logo que todo o povo viu Jesus, ficou muito surpreso e correu para saudá-lo. 16 Perguntou Jesus: "O que vocês estão discutindo?" 17 Um homem, no meio da multidão, respondeu: "Mestre, eu te trouxe o meu filho, que está com um espírito que o impede de falar. 18 Onde quer que o apanhe, joga-o no chão. Ele espuma pela boca, range os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que expulsassem o espírito, mas eles não conseguiram". 19 Respondeu Jesus: "Ó geração incrédula, até quando estarei com vocês? Até quando terei que suportá-los? Tragam-me o menino". 20 Então, eles o trouxeram. Quando o espírito viu Jesus, imediatamente causou uma convulsão no menino. Este caiu no chão e começou a rolar, espumando pela boca. 21 Jesus perguntou ao pai do menino: "Há quanto tempo ele está assim?" "Desde a infância", respondeu ele. 22 ".Muitas vezes esse espírito o tem lançado no fogo e na água para matá-lo. Mas, se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda- nos. Se podes?", disse Jesus. "Tudo é possível àquele que crê."

A palavra POSSÍVEL usada aqui é a expressão grega DUNATOS, que tem um sentido mais amplo que a nossa palavra em português. DUNATOS significa TODAS AS OPÇÕES ESTÃO AO NOSSO ALCANCE.

PARA DEUS FAZER UM MILAGRE EM SUA VIDA...

APROXIME-SE DE JESUS (v.15-17)

Primeiro o pai procurou ajuda com os médicos.
Depois ele procurou ajuda na religião (mestres da Lei).
Depois ele procurou ajuda com os discípulos (intermediários).
Ninguém conseguiu ajudar. Ninguém podia ajudar.
Então ele fez a coisa certa, buscou a ajuda de Jesus.

CREIA EM MILAGRES (v. 22)

Depois de anos de derrota, aquele pai ficou sem esperança.
Quando alguém sofre muito, existe uma tendência de perder a fé e a esperança. Começa um ciclo vicioso de derrota.
Mas é preciso crer. É preciso acreditar no milagre.
O grande combustível do milagre é a fé.
Você nunca será um derrotado até que desista.

ABRA O CORAÇÃO (v. 17-18)

Jesus deu àquele pai a oportunidade de falar de sua dor.
Jesus sempre faz isso. É necessário colocar para fora a nossa dor, nossa tristeza, nossa angústia para fora.
Muitos tentam gerenciar a própria dor com religiões, filosofias de vida, vícios, fama, riqueza, prazeres ou boas obras. Mas nada disso funciona por muito tempo.
Quem deseja um milagre precisa ser sincero, abrir o coração e falar francamente de seus pecados e problemas.
Quem deseja a cura precisa reconhecer a doença.

RECONHEÇA A CAUSA DO MAL. (v. 22)

Aquele pai discerniu a causa espiritual do problema do filho.
Existe uma realidade espiritual pouco conhecida. Esta realidade é habitada por demônios que trabalham contra nós.
No fim das contas, tudo que existe de bom ou ruim no mundo tem uma causa espiritual, ainda que remota.
O grande problema não é a falta de dinheiro, saúde, oportunidades, etc. O maior problema é a falta de Deus.
A felicidade plena não reside em ter coisas, mas em ser a pessoa que Deus deseja que você seja.
O maior milagre não está para acontecer FORA de você, O maior milagre vai acontecer DENTRO de você.

CONCLUSÃO



Assim como fez o milagre na vida daquela família, Deus deseja fazer um milagre em sua vida.

MARCOS 9.24-27
24 Imediatamente o pai do menino exclamou: "Creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade!" 25 Quando Jesus viu que uma multidão estava se ajuntando, repreendeu o espírito imundo, dizendo: "Espírito mudo e surdo, eu ordeno que o deixe e nunca mais entre nele". 26 O espírito gritou, agitou-o violentamente e saiu. O menino ficou como morto, ao ponto de muitos dizerem: "Ele morreu". 27 Mas Jesus tomou-o pela mão e o levantou, e ele ficou em pé.

Deus deseja fazer um grande e maravilhoso milagre em sua vida.

Deus deseja mudar a sua vida hoje.
O maior milagre de Deus para você é mudar o seu coração e o seu destino eterno.

Através do arrependimento dos pecados e da fé em Jesus, sua vida pode mudar completamente. A partir daí SUA VIDA SERÁ O MILAGRE.
Mas é preciso clamar como fez aquele pai desesperado.

Clame pelo milagre, clame pela mudança, clame por Jesus.
Vença a incredulidade e peça para Jesus fazer o impossível acontecer em sua vida.

TIRE A PALAVRA IMPOSSÍVEL DO SEU DICIONÁRIO.

Lembre-se "Tudo é possível àquele que crê."MARCOS 9.23.

POR ISSO, CREIA EM JESUS E O ACEITE COMO SEU SALVADOR

A definição da igreja do Senhor Jesus Cristo

Mateus 16:18, 28:18-20, Efésios 3:21. O Senhor Jesus Cristo tem uma igreja aqui no mundo e isto ninguém nega. Mas, as qualidades, o caráter, a composição, e a definição dela é muito discutido e mal entendido. A igreja de Jesus Cristo tem que ser importante, porque por ela Cristo recebe sua glória.

Toda a Cristandade Protestante ensina que a palavra "igreja" tem um significado duplo no Novo Testamento. Ela diz que a palavra igreja significa uma igreja universal invisível e local visível ao mesmo tempo. A Bíblia Anotada por C.I. Scofield chama a igreja universal invisível, a igreja verdadeira. (Veja a notação em Hebreus 12:23). Parece que ele acha que a igreja local visível é a igreja desprezível ou até falsa. Mas, o povo que prega esta igreja universal invisível só não concorda no que é na realidade. Alguns deles dizem que a igreja verdadeira é composta de todos os salvos do dia de Pentecostes até a primeira ressurreição e outros dizem que ela é composta do número total dos salvos de Adão até ao fim do mundo. Os pastores que não concordam com isto são chamados os fanáticos desencaminhados.

Não importa o que eles acham, mas só o que a Palavra de Deus fala. Muitos deles sabem melhor do que isto, mas não podem mudar sua doutrina errada agora por causa da missão da qual fazem parte e da qual recebem seu sustento. Se admitirem agora seu erro, teriam que sair da missão deles. Nada é melhor do que ficar com Deus e sua Palavra. Deus nos ajude ter bastante coragem para seguir as Escrituras apesar de tudo!

A Bíblia fala que há um só corpo (tipo de igreja) de Cristo aqui no mundo (Efésios 4:4) e que ela não pode ser universal nem invisível pelo significado da palavra "igreja". (Veja o livro escrito por Milburn Cockrell "A Procura da Igreja Universal Invisível") Vamos agora examinar as Escrituras Divinas para ver como é que fica a definição da igreja verdadeira de Cristo.

O USO MUNDANO E SECULAR DA PALAVRA "IGREJA"

1. O USO CATÓLICO - A Igreja Católica ensina que a igreja é universal visível, composta de todas as pessoas católicas na terra. A igreja (segundo ela) é uma hierarquia com o Papa como o cabeça da igreja toda. Sabemos que não pode ser a verdade porque Cristo não edificou sua igreja sobre Pedro ou nenhum outro homem, mas , sim sobre a Pedra Principal da Esquina, que é o Senhor Jesus Cristo mesmo.

2. O USO PROTESTANTE - A Igreja Protestante ensina que a igreja é universal invisível composta de todas as igrejas de qualquer tipo, e que elas são uma igreja só. Como é que esta igreja universal invisível possa ser a coluna e firmeza da verdade quando tem dentro dela tanta variedade de doutrina e falsidade? Ela não preservou a verdade nem preserva-a agora, mas está negando muita doutrina bíblica, e diz que é a igreja verdadeira!? A igreja universal invisível é a invenção dos protestantes para justificar sua existência! Todas elas e seus cabeças (quase todos eles eram ex-padres) saíram da igreja católica com o batismo dela e tiveram que evitar esta verdade de qualquer maneira. A igreja universal invisível é uma invenção humana para evitar a única conclusão que podemos tomar - elas não tem direito para existir porque vem duma fonte corrompida que é a igreja católica! Esta igreja universal invisível começou com os reformadores protestantes. Estes reformadores deviam ter deixado sua heresia e recebido o batismo da igreja de Cristo mesmo em vez de começar novas igrejas não autorizadas por Cristo.

3. O USO de identificar uma denominação de igrejas. Igrejas são locais e particulares.

4. O USO que fala do prédio onde a igreja se reúne. Uma igreja não é um prédio, mas um grupo de pessoas.

5. O USO BÍBLICO - Uma igreja é um corpo de Cristo local e visível. Cristo tem muitas igrejas na terra, mas só um tipo de igreja. Uma igreja verdadeira é uma coisa visível (particular) que pode se reunir num local certo!

A PALAVRA "IGREJA" DO NOVO TESTAMENTO

1. O Senhor Jesus Cristo falou a palavra igreja, na língua grega, a língua original do Novo Testamento, a palavra traduzida igreja é Ekklesia (Ekkledia), aos seus discípulos sem explicar o significado da palavra a eles. Porque? Porque era uma palavra bem usada e entendida no tempo dos apóstolos. O Uso comum daqueles dias era ajuntamento, assembléia, reunião, congregação, e sessão. Jesus não falaria a palavra igreja com novo significado sem explicar bem o novo significado. Se Ele falasse esta palavra igreja sem explicar o novo significado nenhum dos apóstolos entenderia a palavra corretamente. Mas, eles entenderam sem explicação nenhuma, provando que Jesus não mudou o significado da palavra igreja entendida.

Alguns protestantes, e infelizmente alguns batistas também, estão dizendo que a palavra igreja só significa "os chamados por Deus", e dizem que os eruditos concordam com eles. Mas, o problema é que não é a verdade. O Léxico Grego dá o seguinte significado da palavra ekklesia; "uma assembléia do povo convocado no lugar público de conselho para o propósito de tratar assuntos públicos". Então, a palavra igreja significa mais do que só os chamados por Deus. Uma igreja de Cristo é uma assembléia dos chamados por Deus e batizados segundo as Escrituras num lugar local e visível com o propósito de fazer a vontade do seu cabeça Jesus Cristo aqui na terra.

2. O exemplo bíblico do uso da palavra igreja no Novo Testamento é Atos 19:32, 39, 41. A palavra traduzida ajuntamento nestes três versículos é a mesma palavra (ekklesia) que é traduzida igreja no resto do Novo Testamento. Estes três versículos se referem ao ajuntamento grego e público dos cidadãos na cidade de Éfeso. Foi uma assembléia local e visível de pessoas reunidas para tratar os assuntos do povo. Portanto, o Novo Testamento mesmo dá o significado correto da palavra igreja. Este é o único significado que achamos no Novo Testamento. Uma igreja universal visível nem invisível pode satisfazer a definição bíblica da palavra igreja. A igreja universal invisível nunca se reúne, nem glorifica a Cristo, nem guarda as ordenanças corretamente, nem prega todo o conselho de Deus.

CONCLUSÃO

A igreja verdadeira do Senhor Jesus Cristo é um corpo local e visível de Cristo de uma constituição doutrinária definida. Isto é indispensável para ser uma igreja verdadeira de Cristo. Só assim ela pode guardar a unidade do Espírito. (Efésios 4:3) Foi por isto mesmo que Cristo fundou sua igreja - guardar a unidade do Espírito que é a "fé que uma vez foi dada aos santos." Esta igreja chamada a igreja universal invisível não pode fazer isto, nem tem feito, mas ela é a morada de todo tipo de maldade e heresia. A igreja verdadeira de Cristo é a "coluna e firmeza da verdade."

Fonte: www.obreiroaprovado.com

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O Casamento Abençoado

Em relação ao casamento, tenho sido movido pelo Espírito Santo a acreditar que esta relação deve nascer primeiro no coração de Deus, em seguida é manifesta na vida dos homens santos e sensíveis à Sua voz. Sei que este conceito entra em choque direto com várias correntes, dispostas a divinizar e abençoar toda e qualquer relação que surge; em geral impuras e pecaminosas.

A conseqüência, uma vida conjugal sem vida! Confusões; inimizades; filhos rebeldes e uma série de males que culminam com o divórcio.
O Senhor Jesus proferindo sobre o casamento afirmou:

“Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.” (Mc 10.9)

É comum pegar-se as palavras do Senhor Jesus e aplicá-las a todos os casamentos indistintamente; casou é porque Deus uniu! Esquecendo-se o caráter profundamente espiritual e a quem foi direcionada esta palavra; o Mestre falava para o seus escolhidos, as verdades de Deus aplica-se exclusivamente àqueles que procuram viver segundo os seus princípios (santidade, pureza, confiança, temor, amor, frutos do Espírito Santo), é impraticável querermos generalizar o que é espiritual, afinal:

“... palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” (1Co 2.13,14)

:: O Casamento segundo o coração do Pai, tem o seu inicio no relacionamento revelado e abençoado; é preciso ser espiritual, cheios do Espírito Santo e sensível ao seu falar, que não haja ansiedade; e no tempo oportuno serão agraciados com a companheira (o), com o qual unirás, debaixo do consentimento Divino.

É preciso que as idéias anti-espirituais disseminadas largamente pelo diabo sejam quebradas! O namoro deve existir sim, mas, segundo a vontade de Deus. O conceito de ficar à procura da (o) esposa (o) envolvendo-se em muitos namoros é errado, é contrária à fé que afirmamos possuir. Cremos num Senhor que nos ampara em todos os aspectos e que é nosso dever sermos concordantes com a Sua vontade, porque então a procura desenfreada e carnal por uma (um) esposa (o)? Os planos do Senhor para muitos servos, não incluem o casamento ou a formação de família, veja:

“Pois há razões diferentes que tornam alguns homens incapazes para o casamento: uns, porque nasceram assim... e outros ainda não casam por causa do Reino do Céu. Quem puder, que aceite este ensinamento.” (Mt 19:12)

Casando-se, estão excluindo do viver os propósitos para os quais fora criado. Queres casar? Ouça primeiro à vontade de Deus! Sejam santos, puros, amorosos a Deus, este amor nos constrange a sermos fieis e tementes. Agindo assim, com certeza serás feliz, casado (a) ou não!

:: O casamento segundo o coração do homem, é oriundo de interesses diversos, por exemplo: ela engravidou; paixão; amor; romantismo; dinheiro; sexo; beleza; bem-estar; status; etc. os motivos são os mais diversos possíveis, no entanto, longe destes a manifestação e o direcionamento Divino.

Todas estas uniões são generalizadas e encaixadas pelos religiosos na afirmação: “O que Deus ajuntou não separe o homem.”

Não consigo ver em tais situações onde está a mão do Eterno, na realidade vejo a ação do diabo, que planta nos corações os mais estranhos objetivos e levados pela ilusão, culminam com o pecado e carregam sobre si o fato inevitável de uma vida conjugal péssima.

Pergunto: Como abençoar um casamento que nasceu no pecado? Há muitos pastores (sacerdotes) que se acham numa situação superior a do próprio Criador; e saem distribuindo bênçãos e endossando uniões pecaminosas. E completam:

“O que Deus uniu, não separe o homem!”

:: O Casamento nos tempos da ignorância espiritual; geralmente são aceitos pelo Senhor, por ocasião da restauração das vidas. As muitas misericórdias de Deus apagam definitivamente o pecado, fazendo nova a criatura.

“Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna.” (Rm 6:22)

Entre os que foram libertos do pecado e transformados em servos, inúmeros serão agraciados com a manifestação misericordiosa de Deus e abençoados em vossos casamentos.

É preciso, no entanto, que sejam desfeitas todas as maldições proferidas sobre esta união por cultos e religiões contrárias à Santa Palavra; o que eles chamam de bênçãos na realidade são condenações e correntes que aprisionam as pessoas, abrindo canais de acesso para a ação maligna. Após serem restaurados e lavados no sangue precioso de Jesus e aconselhável levantar a voz e declarar ao mundo espiritual a renuncia a tais costumes e práticas. É o momento de tomar a posse da bênção sobre a união!

:: O casamento para ser santo e duradouro, necessita que Deus seja o centro, Ele estabeleceu a união com um objetivo único, receber toda a honra e glória! É inquestionável, portanto, a observação de todos os princípios e regras definidas na Bíblia para o bom andamento da união conjugal. O lar deve ser consagrado a Deus; a leitura da Bíblia necessita ser em conjunto; a oração deve subir como aroma agradável; o sacrificar com jejuns de comum acordo; o culto familiar é indispensável; o ensino bíblico aos filhos um dever.

“Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.” (Dt 6.5-9)

A Bíblia ensina como deve o proceder entre o marido e mulher, pais e filhos, a família e Deus, a família e o mundo e todas as demais relações humanas.

Só é possível possuir um lar feliz, entronizando o Senhor Deus no centro e por conseqüência observar os ensinamentos bíblicos.

:: O casamento bem-sucedido requer que o Senhor seja o centro, que a atenção do casal esteja nEle. Por melhor que seja o esposo (a) sempre haverá imperfeições, afinal, somos humanos e sujeitos ao pecado. É relativamente normal surgirem algumas desavenças e mal-estar no relacionamento. São duas pessoas com personalidades próprias, que unidas estão pelo Senhor e pelo amor que sentem mutuamente, mas, as divergências surgem. Como contornar estas situações? É o momento da auto-negação, do sentar e conversar como santos, abertamente e na unção do Espírito Santo. Lembrem-se: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados.” (1Pe 4.8) Uns para com os outros, inclui a (o) esposa (o). Cada cônjuge precisa pagar o preço para o relacionamento fluir; reconhecendo os pontos fracos, as tendências, as imperfeições e as submeta à vontade de Deus.

“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” (Ef 4.32) Os corações precisam ser humildes, compassivo, benigno e perdoar à semelhança do Senhor Jesus para com a nossa vida. O ensinamento é claro: “Se vocês ficarem com raiva, não deixem que isso faça com que pequem e não fiquem o dia inteiro com raiva.” (Ef 4.26) Ouçam o Senhor e serão bem-sucedidos na vida conjugal.

Sejam abençoados!


Nossa História

Muitos fatos marcam a construção do templo da Assembléia de Deus de Madureira, entretanto, outros ainda não foram revelados. Os motivos são vários, vão desde o acúmulo de informações às dificuldades de manter contato com os veteranos que participaram da construção da Catedral de Madureira. Grande parte desses irmãos e irmãs, que se dedicaram à construção, já dorme no Senhor, mas foi possível reunir importantes informações através do diálogo com antigos obreiros que contribuíram na elaboração deste capítulo.

Lançamento da Pedra Fundamental – A construção do grande templo da Assembléia de Deus em Madureira foi iniciada graças a uma generosa oferta levantada no dia do lançamento da Pedra Fundamental. Deus estava dando mostra de que supriria todas as necessidades. Confiante na promessa de Deus, o pastor Paulo Leivas Macalão e demais obreiros não pouparam esforços para ver um grande sonho se tornar realidade: a construção do templo. Uma marca vital entre àqueles que haviam se comprometido em levar a obra adiante era a alegria. O espírito feliz removia a aspereza do ato de dar daqueles irmãos, pois sabiam que a atitude positiva transforma o sacrifício em prazer e que quando há alegria interior, nenhum desafio parece grande demais. Antes de iniciar a obra, o pastor Paulo Leivas Macalão considerava fundamental desenvolver uma boa equipe. Sua idéia principal sobre liderança é simplificada nestes termos: “Encontre pessoas de ação, que se tornarão realizadoras em seus campos de atividade... pessoas em quem você pode confiar. Em seguida, envelheçam juntos”.

Quando o Coração é Reto os Pés são Rápidos

Com o ânimo elevado, o povo transformou as dificuldades em significativos momentos de alegria. Eles diziam: “Vamos contribuir para a obra do Senhor como nunca o fizemos antes”. De fato, eles aprenderam que quando o coração é reto os pés são rápidos. Diante de tamanha determinação e alegria, a palavra “sacrifício” havia se transformado em sinônimo de “prazer”. Quem não se lembra das palavras do rei Davi, depois que Araúna lhe ofereceu uma de suas propriedades gratuitamente. Pelo que Davi lhe respondeu: “Não, antes quero comprá-la pelo preço devido. Não oferecerei ao Senhor meu Deus holocausto que não me custem nada” (2 Sm 24.24). Conhecedor deste fato, o pastor Paulo Leivas Macalão entendia que um ministério que nada custa, não glorifica a Deus”.


Uma Atitude de Fé e Ousadia - Se as dificuldades financeiras são deploráveis hoje para milhares de brasileiros, imagine como era a situação sócio-econômica do nosso país há 50 anos. Foi numa época marcada pela recessão econômica, quando o Brasil sofria ainda os efeitos da Segunda Guerra Mundial, que o pastor Paulo Leivas Macalão lançou o projeto de construção de um dos mais belos templos de nossa nação.

Dificuldades no Acabamento da Obra

Muito embora o templo já tivesse sido erguido, faltava-lhe pôr ainda os vidros nas diversas janelas espalhadas por todo o santuário. Quem conhece o belo templo de Madureira sabe que tais janelas se constituem num dos principais objetos de sua arquitetura. São vitrais enormes com vidros coloridos, dispostos com inigualável beleza e simetria. No entanto, faltando poucos meses para a inauguração, aumentava a preocupação do pastor Paulo Leivas Macalão com a falta de recursos financeiros para a compra e colocação desses vidros. O projeto arquitetônico incluía a contratação de um vidraceiro francês. Contudo, a realidade econômica da igreja não permitia sequer a contratação de uma empresa brasileira para fazer o serviço. Ele então intensificou a campanha, pedindo que os membros e obreiros cooperassem com mais liberalidade para o acabamento da obra. Muitos irmãos e irmãs, que eram simples trabalhadores e lavadeiras de roupas, “em meio às muitas provas e tribulações, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade” (2 Co 8.2). Mas, apesar da generosidade desses queridos irmãos, o orçamento era ainda um grande desafio, pelo que Deus levantou dentre os próprios fiéis alguém que pudesse colocar, gratuitamente, os vidros do templo. Coube ao irmão José Gualiato essa nobre e ardorosa empreitada. Ele nada exigiu, exceto o amor e as orações dos santos. Como não bastasse, o mesmo trabalhava na antiga Casa Garibalde, uma conhecida vidraçaria localizada no centro do Rio de Janeiro, na Rua da Conceição, nº 160.

Após o expediente, ele partia alegremente da empresa rumo ao templo de Madureira para a colocação dos vidros. Trabalhava todos os dias colocando vidros, das 18h às 23h, aproximadamente.

Hoje, aos 86 anos de idade, o pastor José Gualiato lembra que ao falar das dificuldades financeiras de sua igreja ao patrão, pediu a este que viabilizasse todo material necessário e parcelasse o valor do material em suaves prestações. Seu pedido, graças a Deus, foi prontamente atendido.

A Escada do Corpo de Bombeiros

Uma clara demonstração da providência divina foi à escada do Corpo de Bombeiros, cedida pelo Comandante do Batalhão da região. Para a colocação dos vidros, eram necessários vários andaimes, sem contar o esforço que era feito para montá-lo, desmontá-lo e reutilizá-lo. Todavia, Deus, que é “poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além do que pedimos ou pensamos” (Ef 3.20), providenciou a escada, tornando o serviço mais ágil e prático. Mais uma vez, o Senhor estava demonstrando ser o Deus da Provisão.

Como não bastasse, o Senhor continuou favorecendo a construção do templo, pois, na maioria das vezes, o vidraceiro quase sempre iniciava sua atividade à noite. No início, a luminosidade do templo era precária, o que dificultava seu trabalho. Como se sabe, o templo fica em frente de uma ferrovia próxima a estação de Madureira. Todos os dias, ao entardecer, um trem de carga parava durante horas com os faróis voltados para o santuário. Não havia dúvida de que esta era mais uma providência divina. Isto era tudo que o vidraceiro queria, pois assim, poderia terminar suas tarefas com redobrado cuidado e maestria.

Superando Crises e Provações

Numa ocasião em que o mover do Espírito Santo estava produzindo um grande avivamento, começaram também a vir lutas e provações. No entanto, o pastor Paulo Leivas Macalão sempre soube superar as crises com fé e oração. Sua determinação férrea sempre o ajudou a superar as circunstâncias adversas. Nos momentos difíceis de sua vida, assim dizia: “Não importa quão grande seja a pressão. O que importa, na verdade, é saber lidar com ela. Sei, com certeza, que os problemas não diminuirão, mas a minha capacidade de resolvê-los é que aumentará”.

As pressões sobre sua vida e ministério não o deixavam deprimido, pois através da oração, encontrava forças para superá-las com sabedoria. Tirava o fardo de suas costas e entregava-o a Deus. Ele transformava as pressões em momento de tranqüila devoção

Eu vi o Templo da Assembléia de
Deus de Madureira nascer

O reverendo Isaías de Souza Maciel, presidente da OMEB (Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil) sempre manteve um relacionamento amistoso com o pastor Paulo Leivas Macalão. Ele acompanhou de perto a construção do Templo e testemunhou fatos que muitos só passaram a conhecer depois que foram divulgados. Ele, no entanto, teve o privilégio de participar de cultos quando o Templo ainda não havia sido erguido. Como amigo íntimo do pastor Paulo Leivas Macalão, freqüentou sua residência e participou de reuniões de obreiros dirigidas pelo mesmo. Durante todo o desenvolvimento da obra, ali estava o reverendo Isaías de Souza Maciel presenciando, in loco, cada nova etapa da construção. Por isto, ele foi solicitado para relatar, nesta publicação, alguns fatos que marcaram a construção do exuberante Templo Matriz das Assembléias de Deus no Brasil - Ministério de Madureira. O texto a seguir é de sua autoria e foi publicado na íntegra:

Foi no dia 14 de março de 1948 que Deus concedeu ao seu servo, pastor Paulo Leivas Macalão, e ao grande rebanho que ele liderava, a alegria de lançar a pedra fundamental do futuro templo da Assembléia de Deus de Madureira. Aquela majestosa Casa de Oração, que se tornaria um marco de bom gosto, beleza e funcionalidade entre as igrejas evangélicas do Brasil, foi surgindo pouco a pouco no terreno comprado com muita dificuldade na Rua Carolina Machado, número 174.

Naquela época o povo de Deus não dispunha dos recursos de que dispõe hoje. Para que a construção se iniciasse foi necessário que os irmãos doassem suas pequenas economias. Outros ofertaram objetos que foram vendidos e o dinheiro imediatamente transformado em cimento, cal, madeira, pedra, areia e ferro. Paredes, colunas e a grande torre começaram a se erguer diante dos olhos atônitos e maravilhados dos que passavam na Rua Carolina Machado, como testemunho do que Deus pode fazer em resposta às orações e à união de um povo que o adora e serve com dedicação e fidelidade.

No decorrer daquelas obras, por diversas vezes Deus interferiu com milagres. Não havia água no terreno. Vários poços foram cavados, mas a água não jorrou. Porém, quando os irmãos resolveram orar pedindo a Deus água, uma fonte jorrou impetuosamente no porão da igreja, e as obras foram supridas com água em abundância.

Um inspirado biógrafo do pastor Paulo Macalão escreveu sobre aquele período de intensa atividade de construção do belíssimo templo: “Quem tivesse olhos espirituais para contemplar o espaço celeste que separava aqueles irmãos das santas moradas de Deus, certamente veria o grande número de anjos que subiam e desciam, ocupados em levar ao trono da Graça as orações daquela multidão que confiadamente suplicava a Deus pela conclusão daquele obra.

No dia 1º de maio de 1953, o templo foi inaugurado. Uma multidão de quase oito mil pessoas reuniu-se ali para louvar ao Deus que lhes deu aquele suntuoso templo adornado de magníficos vitrais, de possantes colunas, de sublimes ramalhetes de flores pintados no teto, de bancos e portas fabricados com madeira de lei. O Senhor se fez sentir em todo o amplo espaço da nave, em todo o seu esplendor e plenitude.

Durante as festividades de inauguração muitas autoridades civis e militares, se fizeram presentes. Enquanto o Hino Nacional era executado, a fita simbólica foi desatada pelo representante do Presidente da República, e o pastor Paulo Macalão e a irmã Zélia, seguidos das autoridades convidadas e dos demais pastores do ministério local e pastores convidados entraram naquela magnífica casa de oração, que foi construída na terra, mas podemos dizer que tem suas janelas e portas espirituais abertas para o céu.

Para acrescentar mais detalhes descritivos desse magnífico templo, recorro outra vez às palavras do citado biógrafo do pastor Paulo Macalão: “Seu interior, em estilo gótico, é cheio de uma certa majestade que faz interiorizarem-se os sentimentos, levando o coração e o espírito a adorarem a Deus. À noite, o amplo espaço da nave é invadido por uma suave luminosidade. Numa sucessão de curvas graciosas, arcos góticos, colunas entremeadas de ramagens floridas, cúpulas e pórticos de linhas dóceis, terminadas em curvas entrelaçadas de flores de gesso, a beleza surge espontaneamente diante dos olhos de quem se detiver a contemplar aquele templo do Senhor. A tonalidade suave das paredes, a largueza e amplitude do teto coroado de ramalhetes de flores artisticamente pintados, contribuem para que as diminutas lâmpadas, ocultas sob os frisos que se salientam em meia-parede produzam, em vários pontos, um bordado luminoso de várias cores. Porém, a majestade de Cristo e o esplendor de sua presença é o que se busca ali, na súplica e no louvor do seu santo nome”.

Que o templo-sede da Assembléia de Deus de Madureira continue a ser essa coluna de Deus na cidade do Rio de Janeiro, esse farol que há cinqüenta anos vem iluminando e orientando a navegação espiritual de milhares de almas no escuro e perigoso mar desta vida.

Hoje, este templo que abriga a Sede Nacional do Ministério de Madureira, tendo como presidente da Convenção Estadual o pastor Abner Ferreira, que também preside o grande rebanho do Senhor, tem como Presidente Nacional do Ministério de Madureira o bispo Manoel Ferreira. Ele é líder nacional e mundial do evangelismo na Seara do Senhor.

Rev. Isaías de Souza Maciel - Membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil,
Presidente Nacional do SASE, da OMEB, da CONBRASE, da APE, e Diretor-Presidente da Rádio Boas Novas

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Bíblia - Antigo Testamento

TEXTO E FORMA

Antigo Testamento é o nome dado, desde os primórdios do Cristianismo, às escrituras sagradas do povo de Israel, formadas por um conjunto de livros muito diferentes uns dos outros em caráter e gênero literário e pertencentes a diversas épocas e autores.

O Antigo Testamento ocupa, sem dúvida, um lugar preeminente no quadro geral da importante literatura surgida no Antigo Oriente Médio. No decorrer da sua longa história, egípcios, sumérios, assírios, babilônicos, fenícios, hititas, persas e outros povos da região produziram um importante tesouro de obras literárias porém nenhuma delas se compara ao Antigo Testamento quanto à riqueza dos temas e beleza de expressão e, muito menos, quanto ao valor religioso.

Os gêneros literários do Antigo Testamento

Em termos gerais, todos os escritos do Antigo Testamento podem ser incluídos em um ou outro dos dois grandes gêneros literários que são a prosa e a poesia em tudo, uma segunda aproximação permite apreciar a grande diversidade de classes e estilos que, muitas vezes misturados entre si, configuram ambos os gêneros.

Quanto à prosa, é o gênero no qual estão escritos textos como os seguintes:

a) relatos históricos, presentes sobretudo nos livros de caráter narrativo e que, a partir de Abraão (Gn 11.27-25.11), referem-se ou diretamente ao povo de Israel e aos seus personagens mais significativos ou indiretamente aos povos e nações cuja história está relacionada muito de perto com Israel;
b) o relato de Gn 1-3 sobre as origens do mundo e da humanidade, o qual, do ponto de vista literário, merece referência à parte;
c) passagens especiais (p. ex., a história dos patriarcas), narrações épicas (p. ex., o êxodo do Egito e a conquista de Canaã), quadros familiares (p. ex., o livro de Rute), profecias (em parte), visões, crônicas oficiais, diálogos, discursos, instruções, exortações e genealogias;
d) textos legais e normas de conduta e regulamentação da prática religiosa coletiva e pessoal.

Quanto à poesia, o Antigo Testamento oferece vários modelos literários, que podem ser resumidos em:

a) cúlticos (p. ex., Salmos e Lamentações);
b) proféticos (uma parte muito importante dos textos dos profetas de Israel);
c) sapienciais, os quais recolhem reflexões e ensinamentos relativos à vida diária (Provérbios e Eclesiastes) ou que giram em torno de algum problema de caráter teológico (Jó).

Autores e tradição

De acordo com a sua origem, os livros do Antigo Testamento podem ser classificados em dois grandes grupos. O primeiro é formado pelos escritos que deixam transparecer a atividade criadora do autor e parecem ser marcados pelo selo da sua personalidade. Tal é o caso de boa parte dos textos proféticos, cuja mensagem inicial foi, às vezes, ampliada, chegando, posteriormente, ao seu pleno desenvolvimento em âmbitos onde a inspiração do profeta original se deixava sentir com intensidade.

No segundo grupo são incluídos os livros nos quais, não tendo permanecido marcas próprias do autor, foram as tradições que se encarregaram de transmitir a mensagem preservada pelo povo, proclamando-a e aplicando-a às circunstâncias próprias de cada tempo novo. A esse grupo pertence uma boa parte da narrativa histórica e da literatura cúltica e sapiencial.

Transmissão do texto

A passagem da tradição oral para a escrita chega ao Antigo Testamento num tempo em que o papiro e o pergaminho já estavam em uso como materiais de escrita. Deles se faziam longas tiras que, convenientemente unidas, formavam os chamados "rolos", uma espécie de cilindros de peso e volume às vezes consideráveis. Assim, chegaram até nós os textos do Antigo Testamento (cf. Jr 36), ainda que não nos seus manuscritos hebraicos originais, porque com o tempo todos desapareceram, mas graças à grande quantidade de cópias feitas ao longo de muitos séculos. Dentre elas, as mais antigas que temos pertencem ao séc. I a.C. Foram descobertas em lugares como Qumran, a oeste do mar Morto, algumas em muito bom estado de conservação e outras, muito deterioradas e reduzidas a fragmentos.

Das cópias que contêm o texto integral da Bíblia Hebraica, a mais antiga é o Códice de Alepo, que data do séc. X d.C. e é o reflexo da tradição tiberiense.

O sistema alfabético utilizado nos primitivos manuscritos hebraicos carecia de vogais: na sua época e de acordo com um uso comum de diversas línguas semíticas, somente as consoantes tinham representação gráfica. Essa peculiaridade era, obviamente, uma fonte de sérios problemas de leitura e interpretação dos escritos bíblicos, cuja unificação realizaram os especialistas judeus do final do séc. I d.C.

O trabalho daqueles sábios foi favorecido na última parte do séc. V a.C. pelo desenvolvimento, sobretudo em Tiberíades e Babilônia, de um sistema de leitura que culminou entre os séculos VIII e XI d.C. com a composição do texto chamado "massorético". Nele, fruto do intenso trabalho realizado pelos "massoretas" (ou "transmissores da tradição"), ficou definitivamente fixada a leitura da Bíblia Hebraica através de um complicado conjunto de sinais vocálicos e entonação.

Apesar do excelente cuidado que os copistas tiveram para fazer e conservar as cópias do texto bíblico, nem sempre puderam evitar que aqui e ali fossem introduzidas pequenas variantes na escrita. Por isso, a fim de descobrir e avaliar tais variantes, o estudo dos antigos manuscritos implica uma minuciosa tarefa de comparação de textos, não somente entre umas ou outras cópias hebraicas, mas também em antigas traduções para outras línguas:
o texto samaritano do Pentateuco (escrita samaritana)
as versões gregas, especialmente a LXX (feita em Alexandria entre os séculos III e II a.C. e utilizada freqüentemente pelos escritores do Novo Testamento)
as aramaicas (os targumim, versões parafrásticas)
as latinas, em especial a Vulgata
as siríacas, as coptas ou a armênia. Os resultados desse trabalho de fixação do texto se encontram sintetizados nas edições críticas da Bíblia Hebraica.

GEOGRAFIA E RELIGIÃO

A Palestina do Antigo Testamento

A região onde se desenrolaram os acontecimentos mais importantes registrados no Antigo Testamento está situada na zona imediatamente a leste da bacia do Mediterrâneo. O nome mais antigo dela registrado na Bíblia é "terra de Canaã" (Gn 11.31), substituído posteriormente, entre os israelitas, por "terra de Israel" (1Sm 13.19 Ez 11.17 Mt 2.20). Os gregos e romanos preferiram chamá-la de "Palestina", termo derivado do apelativo "filisteu", pelo qual era conhecido o povo que habitava a costa do Mediterrâneo. No tempo em que o Império Romano dominou o país, pelo menos uma região deste recebeu o nome de "Judéia". Durante a maior parte do período monárquico (931-586 a.C.), a terra de Israel esteve dividida em duas: ao sul, o reino de Judá, sendo Jerusalém sua capital e ao norte, o reino de Israel, tendo a cidade de Samaria como capital. As grandes diferenças políticas que separavam ambos os reinos aumentaram ainda mais quando, em 721 a.C., o reino do Norte foi conquistado pelo exército assírio.

O território palestino é formado por três grandes faixas paralelas que se estendem do Norte ao Sul. A ocidental, uma planície banhada pelo Mediterrâneo, estreita-se em direção ao Norte, na Galiléia, e depois fica cercada pelo monte Carmelo. Nessa planície se encontravam as antigas cidades de Gaza, Asquelom, Asdode e Jope (atualmente um subúrbio de Tel Aviv) e a Cesaréia romana, de construção mais recente.

A faixa central é formada por uma série de montanhas que, desde o Norte, como que se desprendendo da cordilheira do Líbano, descem paralelas pela costa até penetrar no Sul, no deserto de Neguebe. O vale de Jezreel (ou de Esdrelom), entre a Galiléia e Samaria, cortava a cadeia montanhosa, cujas duas alturas máximas estão uma (1.208 m) na Galiléia e a outra (1.020 m), na Judéia. Nessa faixa central do país, encontra-se a cidade de Jerusalém (cerca de 800 m acima do nível do mar) e outras importantes da Judéia, Samaria e Galiléia.

A oriente da região montanhosa serpenteia o rio Jordão, o maior rio da Palestina, o qual nasce ao norte da Galiléi

a, no monte Hermom, e caminha em direção ao sul ao longo de 300 km, (pouco mais de 100 km, em linha reta). No seu curso, atravessa o lago Merom e depois o mar ou lago da Galiléia (ou ainda "mar de Tiberíades") e corre por uma depressão que se torna cada vez mais profunda, até desembocar no mar Morto, a 392 m abaixo do nível do Mediterrâneo.

Mais além da depressão do Jordão, no seu lado oriental, o terreno torna a elevar-se. Sobretudo na região norte há cumes importantes, como, já fora da Palestina, o monte Hermom, com até 2.758 m de altura.

A Palestina é predominantemente seca, desértica em extensas regiões do Leste e Sul do país, com montanhas muito pedregosas e poucos espaços com condições favoráveis para o cultivo. Os terrenos férteis, próprios para a agricultura, encontram-se, sobretudo, na planície de Jezreel, ao norte, no vale do Jordão e nas terras baixas que, ao ocidente, acompanham a costa. As altas temperaturas predominantes se atenuam nas partes elevadas, onde as noites podem chegar a ser frias. As duas estações mais importantes são o inverno e o verão (cf. Gn 8.22 Mt 24.20,32), mas, quanto ao clima, o essencial para os trabalhos agrícolas é a regularidade na chegada das chuvas: as temporãs (entre outubro e novembro) e as serôdias (entre dezembro e janeiro). Armazena-se, então, a água em algibes (ou cisternas), para poder tê-la durante os outros meses do ano.

Valorização religiosa do Antigo Testamento

No Antigo Testamento, como em toda a Bíblia, é reconhecida, em sua origem, uma autêntica experiência religiosa. Deus se revelou ao povo de Israel na realidade da sua história e fez isso como o único Deus, Criador e Senhor do universo e da história, não se assemelhando a nenhuma outra experiência humana, nem identificando-se com alguma imagem feita pelos homens. Deus é o Autor da vida, o Criador da existência de todos os seres e é um Deus salvador, que está sempre ao lado do seu povo, mas que não se deixa manipular por ele que impõe obrigações morais e sociais, que não se deixa subornar, que protege os fracos e ama a justiça. É um Deus que se achega ao povo, especialmente no culto um Deus perdoador, que quer que o pecador viva, porém julga com justiça e castiga a maldade. As idéias e a linguagem do Antigo Testamento transparecem nos escritos do Novo Testamento, em cujo pano de fundo está sempre presente o Deus do Antigo Testamento, o Pai de Jesus Cristo, em quem é revelado, definitivamente, o seu amor e a sua vontade salvadora para todo aquele que o recebe pela fé.

O Antigo Testamento dá especial atenção ao relacionamento de Deus com Israel, o seu povo escolhido. Um dos mais importantes aspectos desse relacionamento é a Aliança com Israel, mediante a qual Javé se compromete a ser o Deus daquele povo que tomou como a sua possessão particular e dele exige o cumprimento religioso dos mandamentos e das leis divinas. Assim, a fé comum, as celebrações cúlticas e a observância da Lei são os elementos que configuram a unidade de Israel, uma unidade que se rompe quando se torna infiel ao Deus ao qual pertence. A história de Israel como povo escolhido revela que o mais importante é manter a sua identidade religiosa em meio ao mundo ao seu redor, passo necessário que será dado em direção à mensagem universal que depois, em Jesus Cristo, será proclamada pelo Novo Testamento.

Nem todos os aspectos do Antigo Testamento mantêm igual vigência para o cristão. O Antigo Testamento deve ser interpretado à luz da sua máxima instância, que é Jesus Cristo. A projeção histórica e profética do povo de Israel no Antigo Testamento é uma etapa precursora no caminho que conduz à plena revelação divina em Cristo (Hb 1.1-2). Por outro lado, o Novo Testamento é o testemunho de fé de que as promessas feitas por Deus a Israel são cumpridas com a vinda do Messias (cf., p. ex., Mt 1.23 Lc 3.4-6 At 2.16-21 Rm 15.9-12). Por isso, certas instruções absolutamente válidas para o povo judeu deixam de ser igualmente vigentes para o novo povo de Deus, que é a Igreja (cf. At 15 Gl 3.23-29 Cl 2.16-17 Hb 7.11-10.18) e alguns aspectos da lei de Moisés, do culto do Antigo Testamento e da doutrina sobre o destino do ser humano, pessoal e comunitariamente considerado, devem ser interpretados à luz do evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus.

HISTÓRIA E CULTURA

A existência de Israel como povo remonta, provavelmente, ao último período do séc. XI a.C. Era o tempo do nascimento da monarquia e da unificação das diversas tribos, que viviam separadas entre si até que, sob o governo do rei Davi, constituiu-se o Estado nacional, com Jerusalém por capital.

Até chegar a esse momento, a formação do povo havia sido lenta e difícil, mesclada freqüentemente com a história das mais antigas civilizações que floresceram no Egito, às margens do Nilo e na Mesopotâmia, nas terras regadas pelo Tigre e o Eufrates. As fontes extrabíblicas da história de Israel naquela época são muito limitadas, carentes da base documental necessária para se estabelecerem com precisão as origens do povo hebreu. Nesse aspecto, o livro de Gênesis proporciona alguns dados de valor inestimável, pois o estudo dos relatos patriarcais permite descobrir alguns aspectos fundamentais da origem do povo israelita.

A época dos patriarcas Os personagens do Antigo Testamento, habitualmente denominadas "patriarcas", eram chefes de grupos familiares seminômades que iam de um lugar a outro em busca de comida e água para os seus rebanhos. Não havendo chegado ainda à fase cultural do sedentarismo e dos trabalhos agrícolas, os seus assentamentos eram, em geral, eventuais: duravam o tempo em que os seus gados demoravam para consumir os pastos.

Gênesis oferece uma visão particular do começo da história de Israel, que é mais propriamente a história de uma família. Procedentes da cidade mesopotâmica de Ur dos caldeus, situada junto ao Eufrates, Abraão e a sua esposa chegaram ao país de Canaã. Deus havia prometido a Abraão que faria dele uma grande nação (Gn 12.1-3 cf. 15.1-21 17.1-4) e, conforme essa promessa, nasceu o seu filho Isaque, que, por sua vez, foi o pai de Jacó. Durante a sua longa viagem, primeiro na direção norte e depois na direção sul, Abraão deteve-se em diversos lugares mencionados na Bíblia: Harã, Siquém, Ai e Betel (Gn 11.31-12.9) atravessou a região desértica do Neguebe e chegou até o Egito, de onde, mais tarde, regressou para, finalmente, estabelecer-se em um lugar conhecido como "os carvalhais de Manre", junto a Hebrom (Gn 13.1-3,18). Ao morrer Abraão (Gn 25.7-11 cf. 23.2,17-20), Isaque converte-se no protagonista do relato bíblico, que o apresenta como habitante de Gerar e Berseba (Gn 26.6,23), lugares do Neguebe (Gn 24.62), na região meridional da Palestina. Isaque, herdeiro das promessas de Deus a Abraão, aparece no meio de um quadro descritivo da vida seminômade do segundo milênio a.C.: busca de campos de pastoreio, assentamentos provisórios, ocasionais trabalhos agrícolas nos limites de povoados fronteiriços e discussões por causa dos poços de água onde se dava de beber ao gado (Gn 26).

Depois de Isaque, a atenção do relato concentra-se nos conflitos pessoais surgidos entre Jacó e o seu irmão Esaú, que são como que uma visão antecipada dos graves problemas que, posteriormente, haveriam de acontecer entre os israelitas, descendentes de Jacó, e os edomitas, descendentes de Esaú. A história de Jacó é mais longa e complicada que as anteriores. Consta de uma série de relatos entrelaçados: a fuga do patriarca para a região mesopotâmica de Padã-Arã a inteligência e a riqueza de Jacó o regresso a Canaã o episódio de Peniel, onde Deus mudou o nome de Jacó para Israel (Gn 32.28) a revelação de Deus e a renovação das suas promessas (Gn 35.1-15) a história de José e a morte de Jacó no Egito (Gn 37.1-50.14).

A saída do Egito

A situação política e social das tribos israelitas, do Egito e dos países do Oriente Médio, no período que vai da morte de José à época de Moisés, sofreu mudanças consideráveis.

O Egito viveu um tempo de prosperidade depois de expulsar do país os invasores hicsos. Este povo oriundo da Mesopotâmia, depois de passar por Canaã, havia se apropriado, no início do séc. XVIII a.C., da fértil região egípcia do delta do Nilo. Os hicsos dominaram no Egito cerca de um século e meio, e, provavelmente, foi nesse tempo que Jacó se instalou ali com toda a sua família. Esta poderia ser a explicação da acolhida favorável que foi dispensada ao patriarca, e de que alguns dos seus descendentes, como aconteceu com José (Gn 41.37-43), chegaram a ocupar postos importantes no governo do país.

A situação mudou quando os hicsos foram finalmente expulsos do Egito. Os estrangeiros residentes, entre os quais encontravam-se os israelitas, foram submetidos a uma dura opressão. Essa mudança na situação política está registrada em Êx 1.8, que diz que subiu ao trono do Egito um novo rei "que não conhecera a José." Durante o mandato daquele faraó, os israelitas foram obrigados a trabalhar em condições subumanas na edificação das cidades egípcias de Pitom e Ramessés (Êx 1.11). Porém, em tais circunstâncias, teve lugar um acontecimento que haveria de permanecer gravado, para sempre, nos anais de Israel: Deus levantou um homem, Moisés, para constituí-lo libertador do seu povo.

Moisés, apesar de hebreu por nascimento, recebeu uma educação esmerada na própria corte do faraó. Certo dia, Moisés viu-se obrigado a fugir para o deserto, e ali Javé (nome explicado em Êx 3.14 como "EU SOU O QUE SOU") revelou-se a ele e lhe deu a missão de libertar os israelitas da escravidão a que estavam submetidos no Egito (Êx 3.1-4.17). Regressou Moisés ao Egito e, depois de vencer com palavras e ações maravilhosas a resistência do faraó, conseguiu que a multidão dos israelitas se colocasse em marcha em direção ao deserto do Sinai.

Esse capítulo da história de Israel, a libertação do jugo egípcio, marcou indelevelmente a vida e a religião do povo. A data precisa desse acontecimento não pode ser determinada. Têm-se sugerido duas possibilidades: até meados do séc. XV e até meados do séc. XIII. (Neste último caso seria durante o reinado de Ramsés II ou do seu filho Meneptá.).

Durante os anos de permanência no deserto do Sinai, enquanto os israelitas dirigiam-se para Canaã, produziu-se um acontecimento de importância capital: Deus instituiu a sua Aliança com o seu povo escolhido (Êx 19). Essa Aliança significou o estabelecimento de um relacionamento singular entre Javé e Israel, com estipulações fundamentais que ficaram fixadas na lei mosaica, cuja síntese é o Decálogo (Êx 20.1-17). A conquista de Canaã e o período dos juízes.

Depois da morte de Moisés (Dt 34), a direção do povo foi colocada nas mãos de Josué, a quem coube guiá-lo ao país de Canaã, a Terra Prometida. A entrada naqueles territórios iniciou-se com a passagem do Jordão, fato de grande significação histórica, porque com ela inaugurava-se um período decisivo para a constituição da futura nação israelita (Js 1-3).

Conquistar e assentar-se em Canaã não se tornou empresa fácil. Foi um longo e duro processo (cf. Jz 1), às vezes, de avanço pacífico, mas, às vezes, de inflamados choques com os hostis povos cananeus (cf. Jz 4-5), formados por populações diferentes entre si, ainda que todas pertencentes ao comum tronco semítico muitas delas terminaram absorvidas por Israel (cf. Js 9).

Naquele tempo da chegada e conquista de Canaã, os grandes impérios do Egito e da Mesopotâmia já haviam iniciado a sua decadência. Destes eram vassalos os pequenos Estados cananeus, de economia agrícola e cuja administração política limitava-se, geralmente, a uma cidade de relativa importância nos limites das suas terras. Em relação à religião, caracterizava-se sobretudo pelos ritos em honra a Baal, Aserá e Astarote, e a deuses secundários, geralmente divindades da fecundidade.

A etapa conhecida como "período dos juízes de Israel" sucedeu à morte de Josué (Js 24.29-32). Desenvolveu-se entre os anos 1200 e 1050 a.C., e a sua característica mais evidente foi, talvez, a distribuição dos israelitas em grupos tribais, mais ou menos independentes e sem um governo central que lhes desse um mínimo sentido de organização política. Naquelas circunstâncias surgiram alguns personagens que assumiram a direção de Israel e que, ocasionalmente, atuaram como estrategistas e o guiaram nas suas ações de guerra (ver, p. ex., em Jz 5, o Cântico de Débora, que celebra o triunfo de grupos israelitas aliados contra as forças cananéias). Entre todos os povos vizinhos, foram, provavelmente, os filisteus que representaram para Israel a mais grave ameaça. Procedentes de Creta e de outras ilhas do Mediterrâneo oriental, os filisteus, conhecidos também como "os povos do mar", que primeiramente haviam intentado sem êxito penetrar no Egito, apoderaram-se depois (por volta de 1175 a.C.) das planícies costeiras da Palestina meridional. Ali estabeleceram-se e constituíram a "Pentápolis", o grupo das cinco cidades filistéias: Asdode, Gaza, Asquelom, Gate e Ecrom (1Sm 6.17), cujo poder reforçou-se com a sua aliança e também com o monopólio da manufatura do ferro, utilizado tanto nos seus trabalhos agrícolas quanto nas suas ações militares (1Sm 13.19-22).

O início da monarquia de Israel

A figura política dos "juízes", apta para resolver assuntos de caráter tribal, mostrou-se ineficaz ante os problemas que, mais tarde, haveriam de ameaçar a sobrevivência do conjunto de Israel no mundo palestino. Assim, pouco a pouco, veio a implantação da monarquia e, com ela, uma forma de governo unificado, dotado da autoridade necessária para manter uma administração nacional estável. Ainda que a monarquia tenha enfrentado, no início, fortes resistências internas (1Sm 8), paulatinamente chegou a impor-se e consolidar-se. Samuel, o último dos juízes de Israel, foi sucedido por Saul, que em 1040 a.C. iniciou o período da monarquia, que se prolongou até 586 a.C., quando, durante o reinado de Zedequias, os babilônios sitiaram e destruíram Jerusalém, tendo Nabucodonosor à frente. Saul, que começou a reinar depois de ter obtido uma vitória militar (1Sm 11) e de ter triunfado em outras ocasiões, todavia, nunca conseguiu acabar com os filisteus, e foi lutando contra eles no monte Gilboa que morreram os seus três filhos e ele próprio (1Sm 31.1-6).

Saul foi sucedido por Davi, proclamado rei pelos homens de Judá na cidade de Hebrom (2Sm 2.4-5). O seu reinado iniciou-se, pois, na região meridional da Palestina, mas depois estendeu-se em direção ao norte. Reconhecido como rei por todas as tribos israelitas, conseguiu unificá-las sob o seu governo. Durante o tempo em que Davi viveu, produziram-se acontecimentos de grande importância: a anexação à nova entidade nacional de algumas cidades cananéias antes independentes, a submissão de povos vizinhos e a conquista de Jerusalém, convertida desde então na capital do reino e centro religioso por excelência. Próximo já da sua morte, Davi designou por sucessor o seu filho Salomão, sob cujo governo alcançou o reino as mais altas cotas de esplendor. Salomão soube estabelecer importantes relacionamentos políticos e comerciais, geradores de grandes benefícios para Israel. As riquezas acumuladas sob o seu governo permitiram realizar em Jerusalém construções de enorme envergadura, como o Templo e o palácio real. O prestígio de Salomão fez-se proverbial, e a fama da sua prudência e sabedoria nunca tiveram paralelo na história dos reis de Israel (1Rs 5-10).

A ruptura da unidade nacional

A despeito de todas as circunstâncias favoráveis que rodearam o reinado de Salomão, foi precisamente aí que a unidade do reino começou a fender-se. Por um e outro lado do país, surgiam vozes de protesto pelos abusos de autoridade, pelos maus tratos infligidos à classe trabalhadora e pelo agravamento dos tributos destinados a cobrir os gastos que originavam as grandes construções. Tudo isso, fomentando atitudes de descontentamento e rebeldia, foi causa do ressurgimento de antigas rivalidades entre as tribos do Norte e do Sul.

Os problemas chegaram ao extremo quando, morto Salomão, ocupou o trono o seu filho Roboão (1Rs 12.1-24). Sem a sensatez do seu pai, Roboão provocou, com imprudentes atitudes pessoais, a ruptura do reino: de um lado, a tribo de Judá, que seguiu fiel a Roboão e manteve a capital em Jerusalém de outro, as tribos do Norte, que proclamaram rei a Jeroboão, antigo funcionário da corte de Salomão. Desde esse momento, a divisão da nação em reino do Norte e reino do Sul se fez inevitável.

Judá, sempre governada por um membro da dinastia davídica, subsistiu por mais de trezentos anos, ainda que a sua independência nacional tivesse sofrido importantes oscilações desde que, no final do séc. VIII a.C., a Assíria a submeteu a uma dura vassalagem. Aquele antigo império dominou a Palestina até que medos e caldeus, já próximo do séc. VI a.C., apagaram-na do panorama da história (Na 1-3). Então, em Judá, onde reinava Josias, renasceram as esperanças de recuperar a perdida independência mas, depois da batalha de Megido (609 a.C.), com a derrota de Judá e a morte de Josias (2Cr 35.20-24), o reino entrou em uma rápida decadência, que terminou com a destruição de Jerusalém em 586 a.C. O Templo e toda a capital foram arrasados, um número grande dos seus habitantes foi levado ao exílio, e a dinastia davídica chegou ao seu fim (2Rs 25.1-21). Ao que parece, a perda da independência de Judá supôs a sua incorporação à província babilônica de Samaria mas, além disso, o país havia ficado arruinado, primeiro pela devastação que causaram os invasores e em seguida pelos saques a que o submeteram os seus povos vizinhos, Edom (Ob 11), Amom e outros (Ez 25.1-4).

O reino do Norte, Israel, nunca chegou a gozar uma situação politicamente estável. A sua capital mudou de lugar em diversas ocasiões, antes de ficar finalmente instalada na cidade de Samaria (1Rs 16.24), e várias tentativas para constituir dinastias duradouras terminaram em fracasso, freqüentemente de modo violento (Os 8.4). A aniquilação do reino do Norte sob a dominação assíria ocorreu gradualmente: primeiro foi a imposição de um grande tributo (2Rs 15.19-20) em seguida, a conquista de algumas povoações e a conseqüente redução das fronteiras do reino e, por último, a destruição de Samaria, o exílio de uma parte da população e a instalação de um governo estrangeiro no país conquistado.

O exílio

Os babilônios permitiram que os exilados do reino de Judá formassem famílias, construíssem casas, cultivassem pomares (Jr 29.5-7) e chegassem a consultar os seus próprios chefes e anciãos (Ez 20.1-44) e, igualmente, permitiram-lhes viver em comunidade, em um lugar chamado Tel-Abibe, às margens do rio Quebar (Ez 3.15). Assim, pouco a pouco, foram-se habituando à sua situação de exilados na Babilônia. Em semelhantes circunstâncias, a participação comum nas práticas da religião foi, provavelmente, o vínculo mais forte de união entre os membros da comunidade exilada e a instituição da sinagoga teve um papel relevante como ponto de encontro para a oração, a leitura e o ensinamento da Lei, o canto dos Salmos e o comentário dos escritos dos profetas.

Desta maneira, com o exílio, a Babilônia converteu-se num centro de atividade religiosa, onde um grupo de sacerdotes entregou-se com empenho à tarefa de reunir e preservar os textos sagrados que constituíam o patrimônio espiritual de Israel. Entre os componentes desse grupo se contava Ezequiel, que, na sua dupla condição de sacerdote e profeta (Ez 1.1-3 2.1-5), exerceu uma influência singular.

Dadas as condições de tolerância e até de bem-estar em que viviam os exilados na Babilônia, não é de estranhar que muitos deles renunciassem, no seu tempo, regressar ao seu país. Outros, pelo contrário, mantendo vivo o ressentimento contra a nação que os havia arrancado da sua pátria e que era causa dos males que lhes haviam sobrevindo, suspiravam pelo momento do regresso ao seu longínquo país (Sl 137 Is 47.1-3).

Retorno e restauração

A esperança de uma rápida libertação cresceu entre os exilados quando Ciro, rei de Anshan, empreendeu a sua carreira de conquistador e fundador de um novo império. Elevado já ao trono da Pérsia (559-530 a.C.), as suas qualidades de estrategista e de político permitiram-lhe superar rapidamente três etapas decisivas: primeiro, a fundação do reino medo-persa, com a sua capital Ecbatana (553 a.C.) segundo, a conquista de quase toda a Ásia Menor, culminada com a vitória sobre o rei de Lídia (546 a.C.) terceiro, a entrada triunfal na Babilônia (539 a.C.). Desse modo, ficou configurado o império persa, que, durante mais de dois séculos, dominou o panorama político do Oriente Médio.

Ciro praticou uma política de bom relacionamento com os povos submetidos. Permitiu que cada um conservasse os seus usos, costumes e tradições e que praticasse a sua própria religião, atitude que redundou em benefício aos judeus residentes na Babilônia, os quais, por decreto real, ficaram com a liberdade de regressar à Palestina.

O livro de Esdras contém duas versões do referido decreto (Ed 1.2-4 e 6.3-12), no qual se ampararam os exilados que quiseram voltar à pátria. E é importante assinalar que o imperador persa não somente permitiu aquele regresso, mas também devolveu aos judeus os ricos utensílios do culto que Nabucodonosor lhes havia arrebatado e levado à Babilônia. Para maior abundância, Ciro ordenou também uma contribuição de caráter oficial para apoiar economicamente a reconstrução do templo de Jerusalém.

O retorno dos exilados realizou-se de forma paulatina, por grupos, o primeiro dos quais chegou a Jerusalém sob a liderança de Sesbazar (Ed 1.11). Tempos depois iniciaram-se as obras de reconstrução do Templo, que se prolongaram até 515 a.C. Para dirigir o trabalho e animar os operários contribuíram o governador Zorobabel e o sumo sacerdote Josué, apoiados pelos profetas Ageu e Zacarias (Ed 5.1). O passar do tempo deu lugar a muitos problemas de índole muito diversa. As duras dificuldades econômicas às quais tiveram que fazer frente, as divisões no seio da comunidade e, muito particularmente, as atitudes hostis dos samaritanos foram causa da degradação da convivência entre os repatriados em Jerusalém e em todo Judá.

Ao conhecer os problemas que afligiam o seu povo, um judeu chamado Neemias, residente na cidade de Susã, copeiro do rei persa Artaxerxes (Ne 2.1), solicitou que, com o título de governador de Judá, tivesse a permissão de ajudar o seu povo (445 a.C.). Neemias revelou-se um grande reformador, que atuou com capacidade e eficácia. A sua presença na Palestina foi decisiva, não somente para que se reconstruíssem os muros de Jerusalém, mas também para que a vida da comunidade judaica experimentasse uma mudança profunda e positiva (cf. Ne 8-10).

Artaxerxes investiu, também de poderes extraordinários, ao sacerdote e escriba Esdras, a fim de que este, dotado de plena autoridade, se ocupasse de todas as necessidades do Templo e do culto em Jerusalém e cuidasse de colocar sob a lei de Deus tanto os judeus recém-repatriados como os que nunca haviam saído da Palestina (Ed 7.12-26). Entre eles, promoveu Esdras uma mudança religiosa e moral tão profunda, que, a partir de então, Israel converteu-se no "povo do Livro". A sua figura ocupa nas tradições judaicas um lugar comparável ao de Moisés. Com relação às referências a Artaxerxes no livro de Esdras (7.7) e no de Neemias (2.1), se correspondem a um só personagem ou a dois, os historiadores não têm chegado a uma conclusão definitiva.

O período helenístico

O domínio persa no Oriente Médio chegou ao seu fim quando o exército de Dario III sucumbiu em Isso (333 a.C.) ante as forças de Alexandre Magno (356-323 a.C.). Ali começou a hegemonia do helenismo, que se manteve até 63 a.C. e que entre os seus sucessos contou com o estabelecimento de importantes vínculos entre Oriente e Ocidente. Mas as rivalidades surgidas entre os sucessores de Alexandre (os Diádocos) impediram o estabelecimento de uma unidade política eficaz nos territórios que ele havia conquistado. De tais divisões originou-se, com referência à Palestina, a que fora dominada primeiro pelos ptolomeus (ou lágidas) do Egito e depois pelos selêucidas da Síria, duas das dinastias fundadas pelos generais sucessores de Alexandre. Durante a época helenística estendeu-se consideravelmente o uso do grego, e muitos judeus residentes na "diáspora" (ou "dispersão") habituaram-se a utilizá-lo como língua própria. Chegou um momento em que se fez necessário traduzir a Bíblia Hebraica para atender às necessidades religiosas das colônias judaicas de fala grega. Essa tradução, chamada de Septuaginta ou Versão dos Setenta, foi feita aproximadamente entre os anos 250 e 150 a.C.

Durante o reinado do selêucida Antíoco IV Epífanes (175-163 a.C.), produziu-se na Palestina um intento de helenização do povo judeu, que causou entre os seus membros uma grave dissensão. Muitos adotaram abertamente costumes próprios da cultura grega, divergentes das práticas judaicas tradicionais, enquanto que outros se agarraram com tenaz fanatismo à lei mosaica. A tensão entre eles foi crescendo até desembocar na rebelião dos macabeus. Essa rebelião desencadeou-se quando um ancião sacerdote chamado Matatias e os seus cinco filhos organizaram a luta contra o exército sírio. Depois da morte de Matatias, Judas, o seu terceiro filho, ficou à frente da resistência e, chefiando os seus, reconquistou o templo de Jerusalém, que havia sido profanado pelos sírios, e o purificou e o dedicou. A Hannuká ou Festa da Dedicação (Jo 10.22) comemora esse fato. Convertido em herói nacional, Judas foi o primeiro a receber o sobrenome de "macabeu" (provavelmente "martelo"), que depois foi dado também aos seus irmãos.

Depois da morte de Simão, o último dos macabeus, a sucessão recaiu sobre o seu filho João Hircano I (134-104 a.C.), com quem teve início a dinastia hasmonéia. Ainda viveu a Judéia alguns dias de esplendor, mas, em geral, durante o governo dos hasmoneus, a estabilidade política deteriorou-se progressivamente. Mais tarde, entrou em jogo o Império Romano, e, no ano 63 a.C., o general Pompeu conquistou Jerusalém e a anexou, com toda a Palestina, à que já era oficialmente província da Síria. A partir desse momento, a própria vida religiosa judaica ficou hipotecada, dirigida aparentemente pelo sumo sacerdote em exercício, mas submetida, em última instância, à autoridade imperial.

Fonte:
iLúmina - A Bíblia do século XXI

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