Os Abençoados


segunda-feira, 24 de maio de 2010

A Sutileza de Satanás no fim dos tempos

"Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas , segundo a tradição  dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo" (Cl 2.8)"

Desde os tempos bíblicos, Satanás vem usando os seus agentes a fim de levar o povo de Deus a desacreditar na Bíblia, na divindade e na obra redentora de Cristo. Temos de estar devidamente preparados para detectar e desmascarar suas sutilezas. Sem dúvida, esse é um dos maiores desafios da Igreja de Cristo nestes últimos dias.

Os árdis de Satanás.

Seus difarces - Desde a fundação da Igreja, falsos mestres vem disfarçando-se entre  os filhos de Deus para disseminar suas heresias. Jesus disse que os mestres do erro apresentam-se "vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mt 7.15). A Bíblia classifica os tais como "falsos apóstolos" e "obreiros fraudulentos", identificando-se como agentes de Satanás que se transfiguram "em ministros da justiça" (2 Co 11.13-15). Devemos, por isso, acautelar-nos deles.

Suas estratégias - Os expositores sctários preocupam-se com a aparência, pois costumam apresentar o seu movimento como um paraiso perfeito (2 Tm 3.5). Infelizmente, muitos são os que caem nessas armadilhas. Uma vez fisgados por eles, dificilmente conseguem libertar-se, uns por causa da lavagem cerebral que recebem, outros, em razão do terrorismo psicológico e da pressão que sofrem de seus líderes. Seus argumentos são recursos retóricos bem elaborados e persuasivos, para convencer o povo a crer num Jesus estranho ao Novo Testamento (2 Co 11.3).

A pericia dos heresiarcas

"Palavras persuasivas" (v.4). Os falsos mestres, a quem o apóstolo se refere, estavam envolvidos com o legalismo judaico: circuncisão (Cl 2:11), preceitos dietéticos e guarda de dias (Cl 2:16). Há também várias referências ao gnosticismo (Cl 2:18, 23). O verbo grego paralogizomai, "enganar, seduzir com raciocínios capciosos", descreve com precisão a perícia dos falsos mestres na exposição de suas heresias. O nosso cuidado deve contínuo para não nos tornarmos presas desses doutores de engano.

O Jesus que recebemos (v. 6, 7).  O apóstolo insiste que devemos andar de acordo com o evangelho, a fim de ficarmos arraigados, edificados e firmados na Palavra de Deus. Entretanto, a mensagem dos agentes de Satanás é sempre contra tudo o que cremos, pregamos e praticamos. Às vezes, há alguns pontos aparentemente, comuns entre nós e eles, e nisso reside o perigo, visto que é por onde tais ensino se introduzem.

COLOSSENSES 2:6-7 6 Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, 7 Arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela abundando em ação de graças.

A simplicidade do evangelho. A mensagem do evangelho é simples e qualquer ser humano independentemente de seu preparo intelectual e origem,  é capaz de entender; basta dar lugar ao Espírito Santo, que convence o homem "do pecado, da justiça e do juízo" (Jo 16:8).  A conversão ao cristianismo não é resultado de estratégia de marketing, nem de técnicas persuasivas (I Co 2:4). Não é necessário, portanto, um "curso de lógica" para alguém ser salvo ou entender os princípios da fé cristã.
I CORÍNTIOS 2:4 A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder;

As sutilezas do Erro 

"Ninguém vos faça presa sua" (v. 8a). O significado de "presa" revela o que acontece, ainda hoje, com os adeptos das seitas. O verbo grego sylagõgeõ, "levar como despojo, prisioneiro de guerra, sequestro, roubo", descreve o estado espiritual dos que seguem os falsos mestres. Um dos objetivos dos promotores de heresias é escravizar suas vítimas para terem domínio sobre elas (Cl 2:18; Gl 4:17). Hoje, muitos estão nos grilhões das seitas como verdadeiros escravos.
COLOSSENSES 2:8, 18 8 O qual nos declarou também o vosso amor no Espírito. ... 18 E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.
GÁLATAS 4:17 Eles têm zelo por vós, não como convém; mas querem excluir-vos, para que vós tenhais zelo por eles.

"Por meio de filosofias" (v. 8b). Não há indícios de que o apóstolo esteja fazendo alusão às escolas filosóficas da Grécia. O estoicismo e o epicurismo eram as filosofias predominantes do mundo romano na era apostólica e são mencionadas em O Novo Testamento (At 17:18). "As filosofias" de que Paulo trata são conceitos mundanos, contrários à doutrina e à ética cristã. Qualquer sistema de pensamento, ou disciplina moral, era, naqueles dias, chamado de "filosofia".
ATOS 17:18 E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição.

Vãs sutilezas" (v. 8c). Engano e sutileza, nesse contexto, significam a mesma coisa. A palavra grega usada para sutileza é apatê, isto é, "engano" (Ef 4:22), "sedução" (Mt 13:22). É usada para referir-se a pessoas de conduta enganosa e embusteira que levam outras ao engano. É mediante tais recursos que os mestres do erro conduzem suas vítimas ao desvio. Tais sutilezas impedem as pessoas de verem a verdade e, como consequência, tornam-se cativas das astúcias de Satanás.
EFÉSIOS 4:22 Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano;
MATEUS 13:22 E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera;

"Segundo a tradição dos homens" (v. 8d). Não é a tradição apostólica nem judaica, mas um sincretismo de elementos cristãos, judaicos e pagãos: angeolatria e ascetismo, por exemplo. Eram práticas que se opunham ao evangelho. Trata-se de tradição humana, ao passo que o evangelho veio do céu (Gl 1:11-12).
GÁLATAS 1:11-12 11 Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. 12 Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.

Os Rudimentos do Mundo

O significado de "rudimentos" (v. 8). A expressão "rudimentos do mundo", em nossas versões. A palavra stoicheion, "fundamento, elemento", aparece na filosofia grega para os quatro elementos da natureza: terra, água, ar e fogo que, segundo ensinavam os físicos gregos, compõem a totalidade do mundo (II Pe 3:10-12). Para outra escola filosófica da Grécia, significava "elementos espirituais", ou "espírito vivo", que se difundia por toda a natureza como força vivificante.
II PEDRO 3:10-12 10 Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. 1 Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, 12 Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?

O apóstolo se refere a que "rudimentos"? Essa palavra é usada, também, com o sentido de "princípio básico" (Hb 5:12) e de "elementos judaicos" ou "adoração cósmica" do sincretismo helênico (Gl 4:3, 9). O termo deve ser analisado à luz do contexto e, aqui, mostra que são uma referência aos poderes demoníacos que se opunham a Cristo. Veja que o apóstolo contrapõe esses rudimentos a Cristo: "segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo".
HEBREUS 5:12 Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento.
GÁLATAS 4:3, 9 3 Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo. ... 9 Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?

A deidade de Cristo em jogo. Cristo é superior a todos os poderosos (Ef 1:21). Os crentes, portanto, não precisam dos stoicheia, ou poderes demoníacos, apresentados pelos falsos mestres. As vãs filosofias são oriundas dos homens e do reino das trevas e não de Cristo. Há uma diferença abissal entre Cristo e os rudimentos do mundo. Não se trata, por conseguinte, de um demiurgo dos gnósticos, nem dos poderes cósmicos dos adeptos da Nova Era (v. 9).
EFÉSIOS 1:21 Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro;

O significado de "toda a plenitude da divindade" (v. 9). Temos, neste contexto, o Deus verdadeiro com toda a sua plenitude. O sentido de "divindade", no texto original, é "deidade". Um conceituado dicionário de grego afirma: "deidade" difere de divindade, como a essência difere da qualidade ou atributo". Na Tradução do Novo Mundo, as Testemunhas de Jeová diluíram o v. 9, traduzindo-o por "qualidade divina", para adaptar à Bíblia as suas crenças, atitude própria dos falsos mestres.

O povo de Deus vive em constante batalha espiritual. O inimigo sempre trabalhou para desviar os crentes da vontade divina, induzindo-os a crenças falsas e práticas que desonram ao Criador. Por isso devemos estar atentos quando um movimento religioso apresenta-se com persuasão e argumentos aparentemente convincentes. Trata-se, geralmente de alguém que pretende mostrar-nos algo que não está de acordo com a Palavra de Deu 
 
Fonte: Revista Lições Bíblicas, Jovens e adultos (Mestre) - 2º trimestre de 2006 - Heresias e Modismos - Lição 1, págs. 3 a 9

BIBLIOGRAFIA: Lutzer, Erwin E. Cristo entre outros deuses.RJ:CPAD, 2000
SOARES, Ezequias, manual  de apologética cristã.RJ.CPAD, 2002
YOUSSEF, Michael, Conheça o seu real inimigo, RJ: CPAD, 2005

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