Os Abençoados


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Paulo, um missionário zeloso e autêntico



Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo(2 Co 11.2).

Zeloso: Virtude mediante a qual o cristão demonstra esmero e apreço pelo que e justo e reto.

Paulo foi o apóstolo que mais recebeu revelações acerca das doutrinas cristãs. Seu amor, dedicação e zelo pela obra do Senhor são incontestáveis e admiráveis. O desprendimento desse incansável homem de Deus pela evangelização, resultou no acelerado crescimento da igreja primitiva. Paulo é um excelente exemplo de como Deus pode transformar e aperfeiçoar o caráter daquele que se entrega a Ele, sem reservas (Gl 1.14; Fp 3.4-7; 2 Co 12.9; 2 Tm 1.3).

 BREVE BIOGRAFIA DE PAULO

Naturalidade. Paulo nasceu em Tarso, na Cilícia, costa sul da atual Turquia (At 9.11; 21.39; 22.3). Era descendente de uma família hebraica tradicional (2 Tm 1.3; Fp 3.5; 2 Co 11.22; Gl 1.14). Seu pai, um diligente fariseu, enviou-o ainda jovem à escola rabínica, a fim de que estudasse “aos pés de Gamaliel” (At 22.3). Embora gozasse da cidadania romana, a família de Paulo mesclava-sé à pomposa cultura greco-romana daqueles dias (Fp 3.5). Mais tarde, o privilégio de ter uma segunda cidadania, foi decisivamente útil ao apóstolo (At 22.26-29).

Sua formação e conversão. Paulo fora educado segundo os princípios dos fariseus (Fp 3.5; At 22.3). O farisaísmo era uma seita ligada ao judaísmo que valorizava a obediência à lei e a prática dos ritos judaicos. Paulo era um religioso contumaz! (Fp 3.6) Ele mesmo afirmava que em sua nação, excedia em judaísmo a muitos de sua idade, sendo extremamente zeloso das tradições de seus pais (Gl 1.14).

Em razão desse zelo, o apóstolo, que nessa época chamava-se Saulo, empreendeu uma longa viagem com o intuito de perseguir os discípulos de Jesus (At 9.1,2). Porém, quando ia em direção a Damasco, foi surpreendido pelo próprio Senhor (At 9.3-8). Esse fato marcou o fim de sua paixão religiosa, e deu início ao seu chamado missionário (At 22.4-10; Gl 1.1 3-1 5; Fl 3.7; 1 Tm 1.13,14).

Paulo fora ensinado nas tradições mais conservadoras do judaísmo. Possuía dupla cidadania e uma excelente formação intelectual. Embora perseguidor do Cristianismo, converteu-se milagrosamente ao Evangelho.

O ZELO APOSTÓLICO DE PAULO

O zelo de Paulo pelo trabalho das mulheres cristãs de Éfeso (1 Tm 2.9-15). Ao contrario do que se pensa, a exortação de Paulo ao comportamento das mulheres da igreja de Éfeso, expressa sua compreensão, simpatia e zelo por elas. Tal atitude deve ser entendida com vistas à cultura, ao local e às circunstâncias envolvidas. Naquela comunidade havia mulheres praticantes de ensinamentos supersticiosos (1 Tm 4.7; 5.11,12; 2 Tm 3.6,7). Por isso, deveriam ser proibidas de ensinar na igreja (1 Tm 2.12).

No judaísmo, as mulheres eram privadas da educação religiosa. Agora, no cristianismo, Paulo recomenda que sejam instruídas na fé (1 Tm 2.11). O apóstolo sempre valorizou o trabalho das mulheres que o auxiliavam no ministério (1 Tm 1.5; Rm 16.1-7,12,15; Fp 4.2,3 ver At 18.18). Esse respeito e zelo por elas, certamente, fundamenta-se no exemplo de algumas abnegadas mulheres do Antigo Testamento: Rute, Abigail, Ester, Débora, entre outras.

O zelo de Paulo pela ordem na igreja. Paulo deixara Tito na igreja de Creta para que cuidasse das questões éticas e administrativas da comunidade. A situação era tão grave que o apóstolo precisou escrever uma carta àquele jovem pastor falando da urgente necessidade de se manter a ordem na igreja. Tais instruções são suficientes para equipar qualquer pessoa que pretenda engajar-se no ministério pastoral.

Se os conselhos de Paulo a Tito fossem observados por todas as igrejas, não haveria tantos problemas na condução do rebanho do Senhor. Não haveria tantos escândalos pela má conduta dos que se dizem chamados para o ministério, mas infelizmente, não são qualificados.

Paulo nos assevera, nos versículos 5 a 9 do primeiro capítulo de Tito, que a verdadeira Igreja de Cristo não subsiste sem obreiros irrepreensíveis em todas as áreas da vida.

Segundo sua orientação, Tito deveria ser enérgico com os que perturbavam o bom andamento do trabalho. Os insubordinados e inconsequentes teriam de ser severamente admoestados (Tt 1.10-14).

O zelo de Paulo pelos jovens obreiros. Mesmo preso, Paulo nunca deixou de preocupar-se com seus jovens colaboradores. Timóteo é o melhor exemplo (2 Tm 2.1-8,15,16,22,23; 3.14; 4.2,5,6,11; Cl 4.10). Ao saber da situação das igrejas da Ásia, Paulo escreveu-lhe uma segunda carta a fim de orientá-lo quanto à condução do rebanho do Senhor.

Paulo era entusiasta e extremamente zeloso pela obra de Deus. Suas convicções sobre o evangelho eram tão profundas que nem a iminente morte lhe importava diante da grandeza do Reino de Deus.

O zelo de Paulo pelas vítimas de um naufrágio (At 27). Não obstante estar preso, Paulo demonstrou profundo amor por todos os que estavam a bordo do navio que naufragara junto à ilha de Malta. Preocupou-se com a sobrevivência e o bem-estar de todos os passageiros e tripulantes. Inclusive, com a alimentação de cada um (At 27.34-36 cf. 1 Co 13.5).

Paulo era um apóstolo zeloso e preocupado com os jovens obreiros. Ele zelava pela moral das mulheres cristãs, pela preservação da ordem na igreja e pelas almas perdidas.

A AUTENTICIDADE DE PAULO

Autenticidade na conduta. O modo como Paulo dirigiu-se aos tessalonicenses demonstra sua autenticidade de caráter. Sua linguagem e afirmações pessoais denotam a ausência de cobiça, vaidade ou interesses espúrios (1 Ts 2.5,6). A despeito de sua missão apostólica ser um legado divino (Dt 25.4; 1 Co 9.1-14), Paulo nunca quis usufruir dos privilégios que essa função poderia lhe proporcionar (1 Co 9.15-27).

Não encontramos em o Novo Testamento qualquer atitude ou expressão que macule o caráter de Paulo, ou enfraqueça seu vigoroso ministério. Ao contrário, o próprio apóstolo fez questão de apontar suas fraquezas e temores (1 Co 2.1-5; 1 Co 12.7-10). Era autêntico, pois falava do que realmente vivia. Reconhecendo suas limitações, jamais perdeu a autoridade apostólica.

Autenticidade nas convicções (Gl 2.7-14). Certa ocasião, o apóstolo Pedro, com receio dos judaizantes (v.12), afastou-se dos cristãos gentios com quem vinha mantendo estreita comunhão (vv.12,13,14). É claro que essa atitude não condizia com o que pensava, pois havia recebido do Senhor uma revelação especial sobre o plano de Deus para os gentios. Isso fez com que Paulo o repreendesse energicamente.

Em nenhum momento o “apóstolo dos gentios” deixou de ser autêntico e obediente ao seu chamado (vv.11,14). Sua atitude demonstrou a integridade e coragem de quem não se omite quando os valores do evangelho são vilipendiados (v.13).

Temos em Paulo um bom exemplo da necessidade de sermos autênticos em todos os nossos relacionamentos. Leia Pv 27.5,6; 28.23 e 2 Pe 3.15,16.

Paulo foi um cristão autêntico em tudo o que fez, viveu e falou.

CONCLUSÃO

A Bíblia ensina que as pessoas são mais valiosas que os bens materiais. Por isso, os obreiros devem investir seu tempo e forças no pastoreio do rebanho de Deus. O zelo e a preocupação de Paulo pelos seus companheiros de ministério e pela conversão dos pecadores demonstram-nos o quanto os amava e os valorizava acima da própria vida. Além disso, a vida de Paulo ensina-nos que o comportamento cristão deve estar sempre em sintonia com suas convicções cristãs.

Fonte Lições Biblicas, CPAD, 3º Trimestre 2007, Estudantes da Bíblia

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